5 – Romário
Eis que o Fla riu por último. Revelado pelo Vasco da Gama em meados da década de 1980, Romário brilhou intensamente com o time da Cruz de Malta, principalmente no bicampeonato carioca de 87/88, conquistado contra os rubro-negros. Depois de brilhar intensamente no PSV (HOL) e Barcelona, além de ser o principal nome da conquista da Copa de 1994, pelo Brasil, e ter sido eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa, naquele ano, o Baixinho voltou ao Brasil para vestir as cores do maior rival do Vasco, o Fla. A traumática saída de Bebeto fora vingada.

Logo na apresentação, ele falou para os vascaínos levarem lenços brancos para o Maracanã. No fim de 1999, teve seu contrato rescindido por um caso de um ato de indisciplina no Flamengo. E no início do ano seguinte, ele voltou a São Januário, mas nunca teve a aprovação da maioria dos torcedores, que já tinham Edmundo como seu grande ídolo no coração.   
 
4 – Bebeto
Em 1989, no auge de sua forma, o baianinho Bebeto, um dos principais craques do Flamengo, que ainda contava com Zico e outras feras, não estava se entendendo com a direção rubro-negra sobre a renovação de seu contrato. O então vice-presidente de futebol cruzmaltino, a raposa felpuda Eurico Miranda, percebeu a oportunidade e fez uma proposta irrecusável. Com a indefinição do caso, o passe do jogador foi parar na federação e, rapidamente, o Vasco agiu e passou a ser detentor de seus direitos. Bebeto passou de ídolo a inimigo dos flamenguistas de um dia para o outro.

 

3 – Ibrahimovic
O sueco Zlatan Ibrahimovic é daqueles que o torcedor, em sua passionalidade, vê como o atleta mercenário. Ele conseguiu a proeza de magoar os seguidores dos três principais times da Itália. Quando a Juventus foi rebaixada por conta dos escândalos com apostas, Ibra não quis nem saber e se mandou para a Inter. Bastaram três temporadas com a conquista de todos os títulos possíveis na Velha Bota para ele se tornar o mais querido jogador da torcida. Só que a ânsia por conquistar a Champions League e uma proposta irrecusável do Barcelona fizeram com que desse adeus sem pensar meio minuto. 
Moral da história, Ibra quebrou a cara feio, pois, além de sua passagem pelo Camp Nou ter sido um fracasso, seu ex-clube venceu a Liga dos Campeões logo em seguida. Mas, para aumentar o desgosto da massa interista, ele retornou à Itália justamente para vestir a camisa do arquirrival Milan, onde conquistou um título nacional, em duas temporadas. Mas bastou o PSG oferecer um caminhão de dinheiro para ele dizer “ciao” para os milanistas, na semana passada. 
2 – Luís Figo
O craque português Figo é o maior traidor do futebol mundial. Tudo porque ele feriu de maneira inesperada o lado azul e grená da maior rivalidade futebolística do mundo. Gozando do status de ídolo nº 1 da torcida do Barcelona, a transferência do atacante luso para o Real Madrid, em 2000, pela então cifra recorde de 61,5 milhões de euros, deixou o mundo boquiaberto por se tratar da negociação mais cara da história do futebol. 
A devoção ao dinheiro deixou os barcelonistas revoltados. Figo virou uma espécie de Judas para os blaugranas. Tanto que, em 2003, quando o português atuou no estádio do Barça com a camisa do Real, ele foi alvo de objetos como moedas, celulares, bolas de golfe e até cabeças frango e porco. Dez anos após a polêmica transferência, o jornal esportivo catalão Sport fez uma enquete para saber se a torcida do Barcelona perdoaria o atacante. O “não” teve 89% dos votos.
 

1 – Ricardinho
Como a lista foi feita com foco no público brasileiro, não poderíamos deixar de sermos passionais a ponto de permitir que um estrangeiro seja o número 1. No geral, Figo é o maior traíra do futebol, mas o caso mais famoso em terras tupiniquins envolveu a saída de Ricardinho do Corinthians para o São Paulo, em 2002. 
Assim que acabou a Copa, quando sagrou-se pentacampeão mundial, o meia, um dos mais queridos atletas da Fiel, meio que forçou a barra para se transferir para o São Paulo, numa negociação que custou R$ 4 milhões aos cofres do Tricolor. A notícia causou revolta entre os corinthianos, que não deixaram o jogador em paz. Para alegria dos revoltados alvinegros, a passagem de Ricardinho no SPFC foi apagadíssima.
Ele ainda voltou ao Timão, em 2006, mas muito a contragosto. Tanto que ele foi apontado como um dos vilões da eliminação precoce do time na Libertadores. Sem clima no Parque São Jorge (há muito tempo) e com fama de traíra entre os próprios companheiros, ele se mudou para o futebol turco no mesmo ano. Os grandes momentos e conquistas do jogador pelo clube não tem peso algum frente ao sentimento de traição que a massa ainda nutre por ele.

 
Via: Areah
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