Nas Olimpíadas de 2008 a China ficou com folga na liderança do quadro de medalhas. Terminou os Jogos com 51 medalhas de ouro – contra 36 do segundo lugar, os Estados Unidos.
Ao que tudo indica, está para repetir o feito novamente – mesmo já tendo levantado suspeitas de doping, como o caso que envolve a nadadora Ye Shiwen. A garota, de apenas 16 anos, nadou os últimos 100 metros da final dos 400 metros medley na mesma velocidade que Jonnhy “Tarzan” Weissmuller e bateu o recorde mundial dos 100 metros livre nos Jogos de 1928.
Mas os adversários podem tirar o cavalinho da chuva porque a chinesa não será pega no exame antidoping. Na China, treinamento é coisa séria.

Tão séria que outra atleta, Wu Minxia, que levou o ouro nos saltos ornamentais, só descobriu as mortes do avô, da avó e o câncer de mama de sua mãe depois que desceu do pódio.
Sua família resolveu guardar os segredos – mantidos há mais de um ano – para não atrapalhar o treinamento da atleta. A menina não morava com a família havia dez anos.
Na China é comum os atletas abdicarem da vida social para se dedicarem exclusivamente à carreira. Ou ao sofrimento, como mostra a foto acima.
O palco da tortura é o “Nanning Gymnasium”, em Nanning, um dos mais de 4 mil centros de treinamento do país. É para um desses locais que as crianças são mandadas para aprenderem a ser campeãs.
Meninos e meninas, que parecem não ter mais do que 5 ou 6 anos, são submetidos a todos os tipos de estica e puxa e chegam até a apanhar de seus treinadores.
“No caso de esquecerem do motivo de estarem lá, uma grande faixa com os dizeres ‘Ouro’ as lembra”, diz uma matéria do jornal “The Daily Mail”, que publicou uma sequência de fotos impressionante sobre a “fábrica de atletas” na China.
Eita ouro que sai caro…

Ruthless: Boys and girls who looked no older than five or six-years-old were tasked with swinging on beams, hanging from pairs of rings and bounding across floor mats during the physically strenuous training sessions
Via: Trezende
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